quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Numa noite de Luar

Numa noite de luar,
sentada num banco de madeira,
dentro de quatro paredes brancas,
há uma melodia que penetra no corpo e na mente...
e voo,
sem medo de voar,
na intensidade de mim mesma.
Voo feliz,
leve como uma pena,
sem qualquer peso.
Cada doce som que sai da viola enche a minha alma de energia,
lembra-me que estou viva,
faz-me apreciar a beleza da existência,
e sonhar...
mas, de repente,
o ritmo do tambor,
faz-me cair em mim,
e alcança o mais profundo do meu ser.
Sinto-me triste!
Penso como seria bom ter alguém ao meu lado para partilhar esta melodia,
alguém para partilhar o sorriso,
as lágrimas,
a vida!
Não quero sentir mais!!!
Não me quero sentir sozinha,
e calo-me.
Já estou farta de me ouvir!
Sustento a respiração,
como doí.
Ó ei-la, a melodia...
Essa, continua a penetrar no corpo e na mente,
e eu, continuo sentada num banco de madeira,
dentro de quatro paredes brancas,
numa noite de luar.

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